Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica

06/04/2025

Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica

Êxtase (MDMA): efeitos farmacológicos e tóxicos, mecanismo de ação e abordagem clínica

Por Caroline Addison Carvalho Xavier, Patrícia Leal Dantas Lobo, Marta Maria de França Fonteles, Silvânia Maria Mendes de Vasconcelos, Glauce Socorro de Barros Viana, Francisca Cléa Florenço de Sousa

            O MDMA, conhecido também como êxtase, é uma substância que mistura os efeitos de uma droga estimulante com propriedades alucinógenas. Ela afeta neurotransmissores no cérebro, como a serotonina, dopamina e norepinefrina, que são responsáveis por regular o humor, o apetite, o sono e a temperatura corporal. Apesar de seu efeito estimulante e prazeroso, o uso dessa droga pode causar danos sérios à saúde, tanto no curto quanto no longo prazo.

O objetivo deste estudo foi revisar o que já se sabe sobre os efeitos do MDMA, os danos que ele pode causar e como ele age no corpo. A pesquisa foi baseada em artigos publicados entre 1985 e 2007, utilizando bancos de dados médicos.

O consumo de MDMA tem aumentado, especialmente entre os jovens em festas e raves, e também em ambientes noturnos no Brasil. Embora o uso tenha crescido, as pesquisas sobre os efeitos do MDMA ainda não são conclusivas. Não se sabe exatamente como o MDMA causa danos nos neurônios relacionados à serotonina, e mais estudos são necessários para entender esses mecanismos.

Os efeitos do MDMA são rápidos. Inicialmente, a pessoa sente euforia, aumento de energia e empatia, além de mudanças na percepção. Porém, esses efeitos podem ser seguidos por sintomas adversos como insônia, ansiedade e até psicose. No longo prazo, o uso contínuo pode resultar em problemas psicológicos, como depressão e transtornos de pânico. A intoxicação aguda pode ser fatal, levando a complicações como febre extrema, problemas cardíacos e hemorragias no cérebro.

O MDMA é rapidamente absorvido pelo corpo quando ingerido, e seu efeito atinge o pico cerca de duas horas após o consumo. A droga é processada no fígado e eliminada pelo sistema urinário. Algumas interações com outros medicamentos podem aumentar os riscos de toxicidade.

Embora o MDMA seja associado a sentimentos de prazer e bem-estar, seu uso está diretamente ligado a sérios riscos à saúde. Esses riscos podem variar de efeitos imediatos graves a danos duradouros no cérebro e no sistema nervoso. A falta de compreensão completa sobre como a droga age e os efeitos que causa torna urgente a realização de mais pesquisas. Além disso, é essencial educar os jovens sobre os perigos do consumo de MDMA e desenvolver tratamentos para lidar com a intoxicação e os problemas causados pelo uso prolongado dessa substância.

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